"Eu nunca gostei da matemática, das contas. Contas são exatas e os números se bastam por si só. Não há dúvidas, não há erro. O que é certo é certo, o que não está certo, é errado. A matemática e suas exatidões me cansam. Eu prefiro o mistério das letras, a incerteza das palavras e a beleza das poesias. Palavras não se somam, se completam.”
terça-feira, 31 de maio de 2011
Eu sei como é se segurar e deixar para chorar só quando ligar o chuveiro, assim ninguém percebe. Eu sei como é refletir sobre a vida antes de dormir e se certificar de que ninguém está ouvindo para começar a soluçar. Eu sei como é sofrer tão dolorosamente que as vezes você precisa fingir que vai ao banheiro, ou beber água, apenas para lavar o rosto e se recompor. Eu sei como é ter os olhos úmidos e aquele medo de que não seja forte o suficiente para segurar as lágrimas quando está em público. Eu sei como é sentir aquele nó enorme na garganta, que se sufoca, até que você cede e chora. Eu sei como é sentar na cama, pegar o travesseiro e chorar tanto, mas tanto, que se surpreende com o rio que terá que esconder da sua família. Acredite, eu sei como é tudo isso…
- Mas, sabe, eu não conseguiria viver assim, nem que eu quisesse. E aí você pensa: que chatice! não fumar, não beber, não ficar com um e com outro. Mas eu chamo isso de independência, de ter nas mãos a escolha e ter certeza suficiente pra escolher certo. Aí eu me pergunto: pra que alegria passageira? Eu quero pulmões e um fígado saudável. Eu quero um só amor e que seja, verdadeiramente, meu. Porque me destruir com satisfação carnal e temporária? Se é na alma que as emoções repousam e de todo composto humano, apenas ela é eterna?! Eu vou cuidar bem do meu corpo e alimentar minha alma com flores. Vou fazer de tudo pra não matar meu jardim.
Mas isso é questão de escolha. E é bom saber escolher.
Mas isso é questão de escolha. E é bom saber escolher.
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