sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Uma mistura de sentimentos dentro de mim neste momento, mas vou deixar se sobressair apenas os bons, apenas os que trazem a felicidade.

Pois é, ninguém mente quando diz que o tempo passa, e tudo sempre muda. Mas tudo vale a pena, até o sofrimento. Nem suas lágrimas caíram a toa. Isso só serviu pra te amadurecer.

Assim é a vida, cair sete vezes e se levantar oito.

Provérbio Japonês.

vem , que vem, que vem com tudo , me leva pro teu mundo, toda patricinha adhora um vagabundo ♫


Bonde Molejo

Ela queria ele, ele queria ela e outras; ela sofria, ele nem ligava; ela chorava, ele ria; ela falava, ele não ouvia; ele mentia, ela acreditava; ela o esperava, ele não voltava. ela sorria pra ele, ele ria dela; ela acreditava em tudo que ele dizia, ele dizia o mesmo para αs outras; ela se iludia, ele alimentava a ilusão; ela espera por ele, ele já está em outra. Ela ama, ele gosta; ela fazia tudo por ele, ele dizia não se contentar com tão pouco; ela achava que ia dar certo, ele tinha certeza que ia dar errado; ela queria pra sempre, ele só por um momento; ela ficava por conteúdo, ele ficava por quantidade; ela procurava o príncipe, ele procurava a próxima. ela queria "O garoto", ele queria "UMA garota"; ele descobriu que ela era A ÚNICA, ela descobriu que ele era só MAIS UM.

E daqui cinquenta anos, ainda iremos lembrar do aniversário umas das outras. Vamos recordar o primeiro menino que a outra beijou. Vamos lembrar do primeiro amor e o que mais fez a outra sofrer. Vamos lembrar também dos castigos compartilhados, das broncas que as três levaram juntas e dos medos que passamos. Não iremos esquecer das atrapalhadas que no outro dia, nos fez dar risadas por horas. Iremos recordar das festas, dos outros amigos e do tempo da escola. Lembraremos de quando uma chorou no ombro da outra, onde todas terminaram chorando por algo que nem era tão dificil de ser enfrentado. Iremos ver as fotos de antes, da felicidade estampada em nossos rostos e vamos sentir a saudade apertar no peito e se tornar pior ao sabermos que tudo aquilo não irá voltar mais. Daqui cinquenta... sessenta... setenta... oitenta... cem anos... nem que não estejamos juntas, nunca iremos esquecer umas das outras!
Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.
Kill Bill , adorei esse filme (:

Sem você , sem você ... nem o tempo me traz companhia, nao me arranque essa agonia de viver ..
ainda AMO você (8)

Paula Fernandes

. hehehe

Se ainda está na sua mente, ainda está no seu coração.

Paulo Coelho

Um brinde aos nossos defeitos, porque qualidade nenhum filha da puta reconhece!
Não se perca. Não se esqueça: viver bem

- Não se perca. Não se esqueça: a melhor vingança é viver bem .

Eu queria pensar menos, ser menos estressada e conseqüentemente mais calma, ser menos indecisa em algumas coisas talvez, pensar mais em mim do que nos outros, esquecer o que dizem de mim, ser menos tímida, menos chata, mais amável de certo modo, eu queria escrever mais, parar de falar em horas erradas, ser boa, ajudar quem precise, ser menos gananciosa, menos ciumenta, ter uma vida social estável, passar menos tempo na frente do monitor de um computador, sabe, eu queria ser assim. Mas se fosse assim, não seria eu.
Quando estiver desesperada e não souber mais para onde ir, fale com o mesmo homem que deu a vida pelos seus pecados.
“Quantas vezes, os ‘nãos’, escondiam um ‘sim’.”
Quem se define, se limita, mas eu não tenho limites. Então eu simplesmente, me aceito.
Quando olho pra você encontro a paz, me encontro num mundo perdido, egoísta, hipócrita, falso, eu me acho dentro de você !


- Fabríìcio Ventura , te amo bbZÃO
Eu nao meço palavras, eu sou indelicada ! E isso,é problema MEU.!
a solução é ser legal ;)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como eu odeio essas pessoas escrotas. Elas acham que são melhores e mais bonitas que todo mundo, mas não são. E ainda saem falando merda de voce. Elas não gostam de voce sem nem mesmo terem a capacidade de conversar com voce primeiro. E além de toscas, são esnobes! Afe! A única coisa que eu tô podendo fazer a esse respeito é simplesmente não ligar. Assim eu ganho mais do que ficar me preocupando com o que essas escrotas pensam ou deixam de pensar de mim, elas não me conhecem mesmo. E nem faço questão que conheçam... "Eu sou igual a chuveiro velho: nem tô ligando, e quando ligo, nem esquento'' (:
eu não quero perfeição.Eu quero erros,distrações,enganos,brigas bobas, eu quero abraços demorados, sorrisos, eu quero beijos,quero sentir o calor do teu corpo, eu quero teu cheiro que tanto me agrada eu quero mais e mais sempre.Eu quero olhares e sim seus olhos junto aos meus; quero palavras, quero sua boca junto e bem junto da minha, quero seus cilios piscando pra mim.Quero e quero mais.Presiso tomar vergonha na cara tbm e dizer o quanto você é especial pra mim droga(:x) quero você sempre,quero por que quero sem porquês.Meu ciumes ta cada vez pior, mais eu não ligo sei que é sinal de que você está cada vez mais importante pra mim, quer saber? EU AMO VOCÊ. E não terei mais medo de dizer isso.
"Minha natureza, talvez errada, é do afastamento. Prefiro partir a conviver com a hipocrisia. Prefiro ver de longe do que frequentar os bastidores da avareza humana. Não sei se isso é o correto. Às vezes volto e tento semear poções de amor, jogo-me numa empreitada de acreditar que o outro pode se livrar de suas sujeiras e emergir limpo para o convívio saudável. E depois de dizer, me calo. Surpreendo-me, desistindo denovo. Concluo que só muda quem quer. Não há ninguém que tenha o poder de transformar aquilo que se nega. Sei, amigo, que também tenho minhas imperfeições. E são tantas e tão incômodas."
EEEEEU QUERO , o guarda-roupa velho da vó, pra pintar de rosa (:
Estou aqui, segurando as lágrimas mais uma vez. Estou cansada de tantas cobranças, de fazer tantas coisas e pensar que tudo foi em vão. Eu tento, de verdade… Tento fazer o improvável, tento ajudar as pessoas que eu amo e tento fazê-las se sentirem melhor. Tento mudar minha vida, apagar o passado e seguir em frente sem olhar para trás. Mas uma hora ou outra, nos piores momentos, sozinha a noite tendo comigo apenas um travesseiro, entendo que nunca conseguirei agradar a todos e que nunca terei a vida que eu tanto sonho ter. É frustrante muitas das vezes não ter muitos motivos pra continuar, dói muito saber que preciso seguir da mesma forma… Vejo o mundo tão sem amor, tão cheio de pessoas que não se importam nem valorizam nada. Vejo adolescentes se apaixonando centenas de vezes e falando que esse é o amor da vida delas. Vejo tantos crimes, tanta miséria, tanta gente passando fome, tantas guerras. E choro, porque sei que no fundo eu não faço diferença. Talvez não faça diferença alguma mesmo. Porém não finjo em nenhum momento ser quem eu não sou, pra mim não existe isso. E mesmo chorando por vários motivos, no fundo me orgulho de ser quem eu sou. Assim mesmo, apenas mais uma garota imperfeita no meio de tanta gente cheia de problemas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu tenho três vidas
a vida que eu realmente tenho,
a vida que as pessoas acham que eu tenho,
a vida que mamãe acha que eu tenho.
Moça Phyna,

- minha filha vai ser assim , kkkkkkkk ^^
A diferença entre o possível e o impossível está na força de vontade e na fé de cada um.
Não se preocupe. Eu digo que estou mal, faço drama, escrevo porcarias… Mas eu tô bem. Quando eu estiver em silêncio, aí sim se preocupe! Se eu estiver mergulhada no silêncio é porque nem forças pra falar eu tenho
Tenho mais fazer que a Lua. (:

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quando for falar com alguém…
Fale o que você quiser, a única coisa que você tem que fazer é saber usar as palvras e a intensidade delas…
De acordo com a mitologia grega, os seres humanos foram criados originalmente com quatro pernas, quatro braços e com duas faces. Temendo o seu poder, Zeus os separou, condenando-os a gastar suas vidas em busca de sua outra metade.
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Você pode ser bonita, ser inteligente, ser esperta e até simpática, mas quando aquela pessoa não sente o mesmo por você, todas essas qualidades parecem desaparecer diante de si mesma. (r-awr)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Não vou sair. Não tenho roupa, tô gorda, e meu cabelo ta ruim. É.
Sempre vai ter alguém que não vai gostar do seu cabelo, do seu sorriso, do modo como fala, anda e até se expressa. Sempre vai ter alguém palpitando no teu namoro, nas tuas notas, nas tuas atitudes. Acredite, por incrível que pareça sempre vai ter alguém palpitando até teus sentimentos, teus momentos de estresse e até felicidade. Não se importe,não force sorrisos, finja simplesmente que é mais um nada, mais um alguém, que pouco importa e pouco influencia. Afinal, quem é mesmo que vive tua vida e paga tuas contas?!
Adoro ser irônica, consumista, debochada. Adoro ser chata às vezes. Adoro ser irritante, chorona, emotiva, chocolatra, detalhista, adoro ficar rindo do nada, ser feliz. Adoro ser eu mesma, infinitamente eu. Por que se eu não me adorar, e me gostar com todos os defeitos e qualidades quem é que vai?

Enquanto você dorme

Consigo ver além de você . Observo os seus olhos fechados e o seu rosto sem nenhuma expressão, o corpo relaxado deixa os braços caídos . Nenhuma defesa . A respiração é suave e o sorriso se esconde . Acho a cena perfeita ! Seu corpo deitado parece ainda mais bonito . Chego a pensar que te perdoaria de qualquer erro naquele momento . Fico observando sem que você perceba . Se você se move, eu finjo dormir . Às vezes abre os olhos devagar, me vê e estica o braço para me tocar . Como se quisesse se fazer presente, mas depois volta ao sono . Gosto de brincar que posso soprar no seu ouvido uma ordem para sonhar comigo . Chego perto e tento fazer isso, mas você dá um sorriso e muda de posição . Me aproximo de novo para sussurrar e você me abraça . Desisto . Pode sonhar com o que quiser ! Deslizo da conchinha e volto a te olhar . Inconscientemente você percebe e acorda . Sorri e me pergunta o que estou olhando . E eu respondo : você ! Me dá mais um sorriso, rosto e diz eu te amo . Acaba toda a minha inquietação . Finalmente durmo !

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

quesejadocesempre:

“Só estou triste hoje porque estou cansado.”
Clarice Lispector. (Ah, Clarice, eu estou tão cansada!)
“Só estou triste hoje porque estou cansado.”Clarice Lispector. (Ah, Clarice, eu estou tão cansada!) huauhaahuahu
duardaangel:

Volte a gostar de você, volte a cuidar de você, esqueça o que não deu certo, Deus está te dando uma nova página para você escrever sua vida!
(Pe. Fábio de Mello)
Volte a gostar de você, volte a cuidar de você, esqueça o que não deu certo, Deus está te dando uma nova página para você escrever sua vida!
  Queria que estivesse no meu lugar, teria mais motivos pra me entender.
notfeelingsorry:

“A gente nunca pode julgar o que acontece dentro dos outros.” Caio Fernando Abreu
“A gente nunca pode julgar o que acontece dentro dos outros.” Caio Fernando Abreu
Á medida que vai envelhecendo, cada escolha que você faz, define no que você se tornará. Então ao invés de me pedir desculpas, você precisa olhar para si mesma e se perguntar se gosta da pessoa na qual está se tornando. 
- Gossip Girl Á medida que vai envelhecendo, cada escolha que você faz, define no que você se tornará. Então ao invés de me pedir desculpas, você precisa olhar para si mesma e se perguntar se gosta da pessoa na qual está se tornando.
- Gossip Girl


Costumo sorrir por qualquer besteira. Não costumo dizer abertamente tudo que penso, minha mente é um mar de segredos. Criei então uma armadura, pessoas não me conhecem facilmente. sou tudo que eu sei, tudo que eu acho, e tudo o que eu sou.
Já chamei pessoas de amigo e descobri que não mereciam. Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram.
 É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. […] Não conheço strip-tease mais sedutor.
As pessoas não tem medo do amor. Elas temem confiar na pessoa errada e se machucar.
 Às vezes as pessoas são tão bonitas! Não pela aparência física nem pelo que dizem. Só pelo que são.
Porque quem tem a melhor intenção, o melhor coração, cedo ou tarde, amanhã, algum dia, recebe tudo em troca, em dobro.
 “…tem dia que põe virgula, tem dia que põe reticências, tem dia que põe ponto final e tem dia que tem a necessidade de virar a página, o tempo todo nós fazemos a experiência de escrever a vida que somos nós, e o mais bonito: nós temos o direito de escolher como vamos pontuar esse texto, porque Deus trabalha o tempo todo no nosso coração assim, para que a gente aprenda a escrever, para que não venha ninguém escrever por nós e mesmo que alguém passe pela nossa vida, que apenas deixe detalhes no seu texto porque o autor é você, e o mais bonito é que tudo está sendo inspirado por Ele…”
(Padre Fábio de Melo) 

Era dia 7 de outubro, Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo. Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno. O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre. Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Ana, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Ana, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Ana, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração. Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton.
Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante. Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto. Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele. Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.
Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Ana? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras. Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.
Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo! PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz.
Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.

FIM